sábado, 14 de março de 2009

Um Dia com Osho - II


De 6 a 8 de março/09.
O encontro aconteceu exatamente do jeito que era para ter acontecido.
Como, aliás, tudo na vida.

Desde que concebi a idéia desse trabalho “Um dia com Osho”, ficou claro para mim que não seria um trabalho “meu”. No máximo, eu seria um facilitador. Todo o material usado seria (e foi) do Osho. Suas técnicas de meditação, textos selecionados de seus livros, trechos de vídeos selecionados de suas palestras, exercícios de relaxamento montados com base em suas dicas. O que poderia chamar de “meu” trabalho foi apenas um cuidado carinhoso de fazer essas seleções e encaixá-las dentro de uma seqüência harmônica e explorando o esplendor da natureza virgem do parque ecológico.

O grupo foi pequeno, o que era perfeitamente previsível. Todos nós sabemos que Osho atrai mas, ao mesmo tempo, provoca calafrios. Se o propósito tivesse sido o de reunir muitas pessoas, teria sido mais apropriado montar um trabalho com um começo, meio e fim, devidamente delineados, sobretudo mensurando previamente o retorno que dele adviria. Mas não era esse o nosso propósito. Meditações do Osho sempre mexem com a gente. Podemos já ter feito Dinâmica por mais de 20 anos, ela sempre pode nos pegar desprevenidos e dar uma rasteira em nosso ego e mente, colocando-nos cara a cara com situações que não gostamos de ver. Palestras do Osho em vídeo, com seus gestos, sua voz e seu olhar podem nos surpreender e desmontar nossas torres de controle. Inconscientemente encontramos mil razões para não podermos estar presentes num evento como este.

O ambiente natural cumpriu o seu papel. Todos nós nos sentimos tocados pela natureza pura, cercados por matas, cachoeiras, rochas esculpidas nas paredes dos canyons, pássaros, borboletas variadas, o ar puro, a água potável, o silêncio. Também nos tocou muito a boa acolhida que a pousada nos propiciou, a presença do anfitrião Ricardo com seus “causos mineiros” e a boa Don’Ana com sua comida gostosa. Tudo facilitou a nossa sensação de “estarmos em casa” e relaxados.

Gostei da minha atuação como facilitador e dos feed-backs que recebi dos participantes. Gostei de ter conduzido as atividades de maneira bem leve e totalmente integrado ao grupo. Pudemos relaxar e as atividades se acomodaram ao ritmo da própria natureza. Vivenciamos todas as práticas previstas e tivemos tempo suficiente para conversar sobre tudo. Foram muito ricos os momentos em que compartilhamos nossas experiências. E como o grupo era pequeno, muitas vezes compartilhamos informalmente durante o café da manhã e o almoço, antecipando abordagens previstas para acontecer no salão. Tudo contribuiu para nos tornarmos amigos e, em alguns momentos, até confidentes.

Tivemos momentos mágicos como a observação do pouso das andorinhões, no final da tarde, que de repente surgem em bandos no céu, bem lá no alto, e descem como se fossem jatos de guerra, numa velocidade certeira em direção aos esconderijos nas paredes escuras das rochas. Também foi muito especial a meditação que fizemos ao lado da cachoeira, utilizando uma técnica orientada por Osho no Livro dos Segredos. O som da cachoeira funciona como excelente recurso para driblarmos a tagarelice da mente.

O formato básico desse workshop se acomoda em um dia de atividades. Por isso o nome “Um dia com Osho”. Mas, na Estação Andorinhas, devido à exuberância da natureza e ao ambiente de relaxamento e recolhimento, o workshop dura quase dois dias, com o acréscimo de algumas práticas e a liberação de um tempo para explorarmos e curtirmos o espaço. Com certeza o workshop na Estação Andorinhas tem um sabor especial. Que o digam a Khilma que viajou 12 horas para participar e a Mel que viajou outras 7 horas.

4 comentários:

Nova Vida disse...

Bacana, Champak!

Tomara que estas sementes caminhem cada vez mais em direção às flores!

Um abraço e mantenha contato,

Abhinav

angela disse...

Lindo trabalho, Champak!
Tenho certeza que vc está recebendo muita Luz e vc merece.
Abraços.

Unknown disse...

Champak,
Interessante você colocar da Dinâmica (...pode nos pegar desprevenidos e dar uma rasteira).Ainda não fiz a dinâmica em casa, por causa dos vizinhos e achei que a forma silenciosa não teria o mesmo efeito. Fiz um dia de dinâmica num Workshop no Clube Satori e ela me deu uma rasteira de cara, cheguei a ter enjôos. Nos outros dias "escapei" dela, não conseguia acordar a tempo! Aguardo a próxima oportunidade...

Abraços,

Maria Amélia

Mercedes Alvarez disse...
Este comentário foi removido pelo autor.